A clássica cena de um bebê abandonado na porta de uma casa estranha
serve de pontapé inicial para o espetáculo “A cozinheira, o bebê e a dona do
restaurante”.
A montagem, encenada pela Companhia do
Gesto, ressuscita a estética dos desenhos animados dos anos 40 a 60, baseada na
ausência de diálogos e em muita música.
— Esses desenhos cruzam décadas,
diferentemente dos atuais, que só atendem a faixas etárias específicas.
Buscamos criar espetáculos que agradem a todas as idades — conta o diretor Luis
Igreja, à frente do grupo há 10 anos.
A sonoplastia, fundamental nos desenhos
“de época”, como “Tom e Jerry”, é criada a partir de instrumentos inventados
por um maestro sonoplasta, que toca durante a apresentação. Além disso, a
grande novidade da peça são as máscaras feitas de látex que, ao serem
encaixadas sobre o rosto dos atores, dão maior realismo às cenas.
— A partir delas, conseguimos criar um
corpo não realista, não cotidiano. As máscaras são capazes de acentuar os
gestos — explica Igreja.
“A cozinheira, o bebê e a dona do
restaurante” dá sequência a uma premiada trajetória de pesquisa sobre
linguagens cênicas não convencionais feita pela companhia de teatro, que, nos
últimos anos, produziu espetáculos infantis de grande sucesso de público e
crítica, como “Procura-se Hugo” e “Claún! Palhaços Mudos”. (Patricia Espinoza)
FONTE: globo.com
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